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AVALIAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: RELATOS DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS DA NATUREZA DO IFFAR
Categoria D - Trabalho em desenvolvimento: Estudantes do Ensino Médio e/ou Técnico

Grupo: Bianca Medina Sangbusch,Gustavo Griebler,Rafael Roehrs Seja bem-vindo
Apresentação do trabalho
Diário de bordo
Fórum sobre o trabalho

13 comentários em “AVALIAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: RELATOS DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS DA NATUREZA DO IFFAR”

  1. Olá, muito legal o trabalho e admirável a preocupação com as condições docentes e discentes nestas novas formas de planejar e avaliar a relação ensino-aprendizagem. Gostaria que comentassem um pouco mais sobre o diálogo com as condições de acesso. Elas não se assemelham com a falta de materialidade que as escolas públicas vivenciavam antes da pandemia? Abs e Parabéns!

    • Avaliador, Túlio. Muito obrigado por suas considerações. Sou o professor Gustavo, orientador deste trabalho. Pudemos vivenciar muito esta preocupação que você traz. No instituto federal recebemos alunos de várias camadas sociais e não somente a falta de acesso ficou evidente nas atividades remotas como o próprio espaço de estudo para os estudantes em casa, muitas vezes inexistente. E não somente pela falta de espaço, mas também pelo fato dos alunos terem de auxiliar nas atividades domésticas, cuidarem irmãos, entre outras dificuldades ao ensino. O Instituto Federal Farroupilha forneceu auxílio Internet aos estudantes e emprestou computadores, mas não é o bastante, e isso foi uma exceção na escola pública, já que as escolas estaduais e municipais não fizeram isso. Acreditamos que um dos grandes problemas segue sendo a falta de espaço adequado para estudo dos estudantes.

    • Agradeço pelas considerações, avaliador Túlio.
      Através dos relatos foi entendido que as condições enfrentadas antes da pandemia não superam as atuais. Como foi dito, anteriormente os alunos tinham aquela rotina escolar, ficavam x horas na escola fazendo as tarefas e socializando… No caso do IFFar, tinham até disponibilidade de horários livres durante a semana, principalmente a tarde para ficar no campus e realizar as atividades/trabalhos em laboratórios de informática, pois nem todos tinham acesso a um lugar tranquilo e com as ferramentas necessárias. Hoje em dia é diferente principalmente porque os alunos não possuem um lugar e nem uma rotina estabelecida para estudar, seja pela casa ser muito barulhenta, não haver acesso a um computador e à internet de qualidade…
      Mesmo com os empréstimos de computadores que o Instituto ainda realiza, acredita-se que o problema atual não está resolvido porque mesmo assim, muitos alunos não possuem uma rotina de estudos concreta em decorrência dos afazeres domésticos, trabalho, por cuidar de algum familiar, etc. E deve-se considerar que esse empréstimo ocorre por conta do IFFar, então nas escolas públicas em geral, além de não haver um local adequado, também não é possível ter um bom acesso às aulas ministradas de forma remota.
      Dessa forma, essa falta de condições de acesso possuem características parecidas com as do ensino presencial, mas nesse caso é bem mais complicado por conta desses pontos citados.

  2. Parabéns pelo trabalho! Concordo com você Bianca, quanto a relevância do trabalho para a realidade atual. De fato tivemos que nos adaptar ao ensino virtual e houveram muitas perdas no quesito ensino-aprendizagem e receio que enfrentaremos outra dificuldade de adaptação na volta ao presencial. Tenho presenciado os dois aspectos do que você expôs em seu trabalho, como professor e também como aluno, e realmente há perdas em ambas as partes. Sua análise é interessante porque reflete também que boa parte das dificuldades enfrentados pelos professores pode ser decorrente de uma deficiência tecnológica anterior a pandemia, o que nos faz ficar em alerta e nos colocar em situação de não nos limitarmos apenas a quadro e giz ou pincel em nossas aulas, mas tentar acompanhar a modernização na transmissão de conhecimento. E, enquanto alunos, procurar mecanismos que favoreçam a adesão de conhecimento mesmo com, infelizmente, tantas barreiras no caminho, sejam de acesso ou mesmo de interesse. Acredito que conseguiremos reverter as perdas trazidas pela pandemia, mas não podemos negar que levará tempo e irá requerer muita dedicação nossa para isso. O seu trabalho pode ser visto como um primeiro passo para isso. Analisar o problema é sempre o ponto de partida.

    Parabéns!
    Att.,
    Ricardo Lopes

    • Avaliador, Ricardo. Muito obrigado por suas considerações. Sou o professor Gustavo, orientador deste trabalho. De fato, o retorno às atividades presenciais pós-pandemia no formato como tínhamos antes de março de 2020 carecerá, no cenário da escola pública, de muita empatia, retomada e reconstrução, já que há perdas que demorarão a serem repostas. Mas com paciência e trabalho, poderemos voltar ao normal gradativamente.

    • Agradeço pelas considerações, avaliador Ricardo. Acredito que essa readaptação não será fácil por conta da perda que ocorreu -e infelizmente ainda ocorre- nesse período remoto. E sim, essa carência envolvendo tecnologias não é de hoje. Devemos considerar que a maioria das escolas municipais e estaduais sequer possuem laboratório de informática, por exemplo, os quais ajudam muito alunos que não possuem acesso a computadores para que passem a ter uma melhor noção para utilizá-los. Considerando isso, pode-se comparar com a situação do IFFar, onde felizmente os alunos tinham uma noção prévia do uso das máquinas porque no campus existem laboratórios, e mesmo assim ainda existe essa carência… Dessa forma, fica a reflexão: E os demais alunos de escolar públicas que sequer tinham acesso antes do ensino remoto?
      Espero que seja possível reverter esta situação para que não ocorra uma maior exclusão no ensino público brasileiro.

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