A UTILIZAÇÃO DOS LÍQUENS COMO BIOINDICADORES DE QUALIDADE DO AR NA CIDADE DE DIVINÓPOLIS / MG
Categoria E: Estudantes do Ensino Médio e/ou Técnico

Grupo: Tiago Maciel Dias,Gabriel Teixeira Batista,isabelle pereira ribeiro arantes,Marco Túlio Ferreira de Oliveira,Mariana Camargos Dias,Talyta Guimarães Silva,Vinicius Oliveira Alves,Lucas Voellger Calasans Seja bem-vindo
Apresentação do trabalho
Diário de bordo
Fórum sobre o trabalho

11 comentários em “12E – A UTILIZAÇÃO DOS LÍQUENS COMO BIOINDICADORES DE QUALIDADE DO AR NA CIDADE DE DIVINÓPOLIS / MG”

  1. Prezados, bom dia! Gostaria, primeiramente, de parabenizar toda a equipe pelo trabalho realizado. O trabalho é de grande interesse, especialmente para nós divinopolitanos. Após acessar o material do vídeo e diário de bordo, gostaria de fazer duas perguntas ao grupo:
    1) Por qual razão inicialmente se optou por estudar as amostras na região de 1,2 a 1,7 m de altura no tronco das árvores?
    2) Qual a principal hipótese do grupo para o resultado obtido de maior emissão de CO2 e menor incidência de líquens? O CO2 tem efeito nocivo sobre estas associações mutualísticas ou são outros componentes do ar poluído os vilões?

    • Boa noite Fernanda,

      Ficamos muito felizes pela sua contribuição com nosso trabalho. Acreditamos que podemos fazer a diferença na pesquisa científica e no estudo da qualidade do ar de nossa cidade.

      Quantos aos seus questionamentos, vamos lá:

      1) Anteriormente a publicação desse trabalho, buscamos em referências bibliográficas um modelo para estudo dos líquens sem que houvesse necessidade de identificação das espécies. Não existe referência nesse quesito. Então, optamos por realizar diferentes desenhos amostrais da quantidade de líquens presentes nas árvores, o que nos indicou a configuração que adotamos (1,2m até 1,7m). Chegamos a essa faixa pois, a correlação com o fluxo de carros se manteve semelhante a outras faixas de amostras testadas, ou seja, não importava se amostramos mais líquens em uma faixa maior, uma vez que nesse intervalo, a amostra já se mostra sensível ao nosso objetivo.

      2) Esse trabalho que apresentamos não tem o objetivo de investigar qual o processo que causa a ausência dos líquens, por isso não apresentamos nenhum indagação sobre isso. O trabalho apresentado faz parte de um projeto maior, que irá prever sim a investigação dos mecanismos físico-químicos que mais influenciam na sobrevivência dos líquens. Uma hipótese, poderia ser: O microclima da superfície epifítica dos líquens e é alterado pelo excesso de CO2 atmosférico.

      De novo, agradecemos sua colocação e esperamos ter respondido a contento seus questionamentos.

  2. Primeiramente gostaria de parabenizar o grupo pelo trabalho, ficou muito bem construído e apresentado.
    Vocês colocaram no diário de bordo algumas perspectivas futuras a serem consideradas e que creio que serão bem pertinentes pras próximas etapas. Para além do que foi citado no arquivo, me surgiu a questão do horário em que foi feito o monitoramento dos veículos, já que temos horários que normalmente já apresentam um maior ou menor número de veículos circulando. Vocês seguiram um padrão pra fazer esse monitoramento? Se sim, em qual horário foi iniciado cada coleta? Talvez fosse bom colocar esse dado no arquivo de vocês na parte que falam que foi feita durante 1h e aí trazer o horário que iniciaram e até mesmo o dia que foi avaliado o fluxo.
    Vocês comentaram também da limitação do aparelho em detectar de maneira mais acurada veículos que não ultrapassaram de 30 km/h e portanto sugeriram a blitz educativa. Outra coisa que me veio a mente foi que algumas ruas/avenidas possuem aquelas câmeras de monitoramento, será que, se presente nas áreas de interesse do grupo, seria possível solicitar acesso a essas filmagens pra poder avaliar esse fluxo? Com isso só estou levantando possibilidades, tá? Realmente não sei quão viável seria e se atenderia as necessidades do grupo.
    E por fim, vocês comentaram sobre comunicação e divulgação científica, que é algo que realmente devemos passar a prestar mais atenção e citaram ótimos exemplos de divulgadores. Para além do vídeo, vocês pensaram em algum outro material de divulgação que talvez pudesse ser mais difundido e que alcançasse diferentes públicos principalmente nas regiões em que vocês coletaram esses dados?
    Mais uma vez, parabéns ao grupo pelo trabalho! Ficou MUITO bacana.

    • Boa noite Nathalia,

      Ficamos muito satisfeitos com seu comentário. Ele nos inspirou a continuar nossa pesquisa e melhorar e complementar alguns pontos. Quanto à alguns apontamentos que fez, gostaríamos de explicar melhor.

      1) Procuramos manter o mesmo padrão de coleta dos dados de fluxo de automóveis. Começamos as coletas de dados de forma conjunta nas quatro amostras, exatamente as 08:00 do mesmo dia. Terminamos também no mesmo horário, as 11:00. Como tivemos alguns problemas com aparelhos, fizemos o recorte de apenas 1 hora, que em média ficou das 09:30 até 10:30 nas localidades. Não conseguimos replicar essa amostra em diferentes dias das semanas, mas esse é um objetivo futuro para o trabalho.

      2) Quanto a utilização das câmeras de monitoramento de tráfego, não é possível utiliza-las, pois aqui em Divinópolis o acesso à elas é permitido apenas para segurança pública.

      3) Para finalizar, pensamos sim em continuar nossa divulgação científica, inclusive pensando na criação de uma aplicativo para celular sobre os índices de qualidade do ar em cada região.

      Agradecemos mais uma vez suas considerações e nos sentimos honrados.

  3. Bom dia! Parabéns ao grupo pela participação no evento e pela escolha do tema. Gostaria de iniciar meu comentário parabenizando o grupo pela organização do diário de bordo e pela apresentação dinâmica e criativa! Sobre o diário de bordo, achei que vocês poderiam ter colocado na introdução um pouco mais do embasamento teórico que vocês citaram na apresentação, que ficou muito bem feita! Além disso, senti falta da definição dos objetivos do trabalho. Gostaria de fazer agora algumas perguntas ao grupo:

    1. Qual foi a motivação de vocês para realizar esse trabalho?

    2. Vocês buscaram se informar sobre a idade das árvores de cada região estudada? Ou sobre em que época cada região estudada surgiu na cidade? É possível que em árvores (ou regiões da cidade) mais velhas vocês encontrem uma maior quantidade de liquens?

    3. Vocês pensaram em comparar os resultados obtidos com algum sistema já existente na cidade que faça o controle de qualidade do ar nas regiões estudadas? Acho que seria importante para confirmar a eficácia dos liquens como bioindicadores da qualidade do ar.

    4. Qual é a hipótese do trabalho?

    5. Como foi escolhida a altura de estudo das árvores?

    6. Muito legal esse aparelho que vocês utilizaram para definir a média de carros que passa em cada região! Ele mede só carros ou qualquer veículo? Vocês acham que um fluxo maior de caminhões do que de carros em determinada região poderia afetar os resultados? Vocês acham que a velocidade dos carros pode influenciar no nível de poluentes emitidos? Caso fosse possível, acredito que a inclusão de observadores humanos para complementação do sistema utilizado poderia ajudar na precisão da média de carros em cada região.

    Por fim, gostaria de reforçar minha apreciação pelo trabalho, vocês foram muito felizes tanto na escolha do tema quanto na execução da apresentação e diário de bordo. Além disso, gostei muito das considerações que vocês fizeram ao final do trabalho, na seção “E o futuro?”, e concordo com o que foi proposto para trabalhos futuros.

    • Boa noite Thais,

      Primeiramente gostaríamos de lhe agradecer pelas contribuições. Elas irão melhorar em muito nossa escrita científica e nos ajudarão em próximos projetos. Por isso, obrigado.

      Quanto aos seus questionamentos tentaremos responder a todos. Vamos lá:

      1) A princípio o grupo estava motivado a participar de uma competição promovida pela empresa que produz o aparelho Ladisc. Entretanto, com o desenvolvimento do trabalho, a competição foi abandonada e decidimos aprofundar os conhecimentos sobre a qualidade do ar em nossa cidade. A partir da escolha dos líquens como organismos modelo do estudo, desenvolvemos a pesquisa, pois existe a intenção de desenvolvermos um aplicativo no qual populares poderiam entrar com informações simples sobre os líquens e o fluxo de automóveis em um determinado ponto da cidade, e o app estimaria a qualidade do ar daquele ponto.

      2) Nos não relacionamos os dados sobre idade das árvores, pois em consulta prévia na literatura científica, não encontramos relação significativa entre esse dado e a área de superfície ocupada pelos líquens. Existe uma correlação da idade das árvores com a espécie de líquen presente, entretanto não realizamos identificação de espécies em nosso trabalho, pois como dito, pretendemos elaborar um aplicativo mais intuitivo e fácil de ser operado por pessoas sem nenhum preparação científica.

      3) Infelizmente, em nossa cidade não há monitoramento de dados sobre qualidade do ar. Seria extremamente interessante essa comparação, até para podermos fazer os ajustes preditivos necessários à maior acurácia do nosso modelo.

      4) Nossa hipótese é: Áreas com maior fluxo de automóveis apresentam menor superfície de líquens nas árvores. Esse hipótese foi confirmada pelos nossos dados.

      5) Anteriormente a publicação desse trabalho, buscamos em referências bibliográficas um modelo para estudo dos líquens sem que houvesse necessidade de identificação das espécies. Não existe referência nesse quesito. Então, optamos por realizar diferentes desenhos amostrais da quantidade de líquens presentes nas árvores, o que nos indicou a configuração que adotamos (1,2m até 1,7m). Chegamos a essa faixa pois, a correlação com o fluxo de carros se manteve semelhante a outras faixas de amostras testadas, ou seja, não importava se amostramos mais líquens em uma faixa maior, uma vez que nesse intervalo, a amostra já se mostra sensível ao nosso objetivo.

      6) O aparelho Labdisc desempenha diversas funções, dentre as mais comuns, coleta temperatura, umidade, luminosidade, energia sonora. Utilizamos um dos recursos dele, para transforma-lo em um “radar”, com o qual, conseguimos automatizar o fluxo de veículos (todos, e não apenas carros). Então, quando falamos em fluxo de automóveis, estamos nos referindo a veículos automotores terrestres como: carros, motos, caminhões e ônibus. Realmente não conseguimos categoriza-los em nossa amostra, o que acreditamos que seria importante para uma melhor precisão dos dados.

      Novamente agradecemos seus comentários e dúvidas, pois com toda certeza nos ajudou a encontrar melhores respostas e direcionamento para a continuidade desse projeto.

  4. Olá!
    Parabéns ao grupo pela qualidade da pesquisa e escolha do tema.
    Gostaria de ressaltar a qualidade de apresentação dos dados no que diz respeito as escolhas de edição do vídeo e clareza na escrita do trabalho. Me chama a atenção a forma como vocês organizaram as ideias em virtude do compromisso com a divulgação científica traduzindo e didatizando a temática.
    Levanto duas questõe:
    1. A idade da árvore e a estação do ano, e temperatura, interferem no processo de formação de liquens?
    2. Dado o interesse do grupo na divulgação científica: de que outras formas vocês poderiam ampliar a blitz educativa?

    • Boa noite Larissa,

      Gostaríamos de já agradecer seu comentário sobre a didática da comunicação. Foi algo que realmente nos preocupamos ao roteirizar, filmar e editar nosso vídeo.

      Quanto aos seus questionamentos, vamos lá:

      1) Em nosso levantamento bibliográfico prévio, não encontramos relação entre a idade das árvores e a superfície ocupada por líquens (por isso não incluímos essa variável em nossa amostra). Já em relação à época do ano (clima) existe sim uma relação positiva com a superfície de cobertura de líquens. Não apresentamos esse dado, pois ainda não finalizamos nossa coleta de amostras. Publicaremos no futuro um trabalho mais completo, inclusive com essa diferenciação da estação do ano (diferença de clima e pluviosidade média).

      2) Quanto a divulgação científica, pretendemos gerar como um produto ao final dessa pesquisa, um aplicativo para celular, no qual o popular possa entrar com informações simples, que retornarão sobre a qualidade do ar em determinada região da cidade. Além disso, temos o interesse em continuar nossa participação em feiras, encontros e congressos sobre a temática.

      Novamente agradecemos a oportunidade de melhorarmos nosso trabalho, Por isso, obrigado.

  5. Gostaria de parabenizar o grupo pelo trabalho. Extremamente relevante e nos mostra na prática o quão somos afetados pelos poluentes. A apresentação ficou muito clara e objetiva e o diário de bordo organizado e intuitivo.
    Fiquei apenas com a curiosidade: vocês chegaram a fazer a coleta de algum material para análise em laboratório desses líquens?
    Parabéns novamente. Não deixem de divulgar esse trabalho para a comunidade como um todo.

    • Barbara boa noite,

      Ficamos muito felizes ao ler seu comentário. Logicamente podemos melhorar em muitos quesitos, mas nos esforçamos muito para entregar o melhor que podíamos fazer naquele momento.

      A princípio, não iriamos trabalhar com identificação dos líquens, então não coletamos material biológico nenhum. Entretanto, decidimos expandir o projeto e começar a realizar coleta para identificação das espécies e também para realizar algumas análises da amostra.

      Mais uma vez obrigado pelo comentário.

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